terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Proteinas reduzem os níveis das hormonas da fome

Um estudo realizado por cientistas americanos sugere que o consumo de proteínas suprime o efeito da Grelina, conhecido como a hormona da fome, o que explicaria a perda de peso provocada por dietas ricas em proteínas.

A Grelina é produzida pelo estômago e actua no cérebro dando a sensação de fome quando o estômago está vazio. Ao ingerir alimentos, a secreção de Grelina diminui, acabando com a sensação de fome.

Os pesquisadores analisaram o nível de produção da Grelina em 16 participantes saudáveis depois da ingestão de líquidos ricos em três substâncias: carboidratos, proteínas e gorduras (lipídios).

Os resultados indicaram que o consumo do líquido a base de proteína teve o maior efeito na supressão da Grelina durante um período de seis horas. Em segundo lugar vieram os carboidratos e em último a gordura.

Longo prazo
A pesquisa, publicada na revista científica “Journal of Clinical Endocrinology and Metabolism”, revela ainda que nas três primeiras horas depois da ingestão, os carboidratos causaram a maior supressão da hormona.

No entanto, nas três horas seguintes depois da ingestão de carboidrato, o nível de Grelina voltou a subir, além do nível considerado normal.

“A nossa descoberta sobre um aumento no nível de Grelina acima do normal depois do consumo de carboidratos pode oferecer uma base fisiológica para as concepções das dietas pobres na substância, que sugerem que ingerir carboidratos provoca uma crise de fome precoce”, diz o estudo.

Os autores apontam ainda para as limitações do estudo, conduzido com um número reduzido de participantes e com substâncias líquidas, e não alimentos comuns.

Apesar disso, de acordo com o estudo, a pesquisa pode ajudar a identificar os mecanismos que contribuem para a perda de peso nas dietas ricas em proteínas e o aumento de peso naquelas ricas em gorduras.

Uma das dietas ricas em proteínas mais conhecida é a dieta de substituição alimentar da Herbalife, que sugere que é possível perder peso cortando o consumo de carboidratos.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Desporto e Alimentação saudável em qualquer idade.

O exercício moderado ao longo da vida reduz de forma substancial a incidência de doença cardiovascular chegando a reduzir, segundo alguns estudos, 30% o risco de se contrairem estas doenças. Ao contrário do que se pensava no passado, consegue-se obter este efeito protector com uma actividade de intensidade moderada, desde que praticada diariamente.
Assim, uma caminhada diária com passada rápida de 20/30 minutos ou uma caminhada três vezes por semana, mais uma actividade de dança 2 vezes por semana, por exemplo, é tão eficaz como uma actividade intensa, por exemplo, correr 30/40 minutos, 2 a 3 vezes por semana.
E nunca é tarde para começar. Está também comprovado cientificamente que as pessoas inactivas mais idosas ao aumentarem a actividade física de uma forma regular, diminuem as glicemias e a pressão arterial, aumentam o "colesterol bom" e, mesmo mantendo o peso, passam a ter menor probabilidade de desenvolverem doença cardíaca. Adicionalmente, as pessoas de mais idade devem fazer duas vezes por semana, pelo menos, actividades de fortalecimento muscular. Numa sessão de treino será suficiente a realização de 5 a 8 exercícios no máximo que favoreçam a mobilização dos principais grupos musculares, nunca esquecendo o treino da flexibilidade no final de cada sessão. Cada exercício deverá ser realizado em duas séries. Cada série deverá contemplar quinze repetições. Entre a primeira e a segunda série deverá fazer uma pausa de trinta segundos.
Poderão ser contemplados exercícios funcionais que melhorem a execução das tarefas do dia-a-dia e, consequentemente, melhorar a qualidade de vida.

Mas o peso também é importante. O aumento da actividade física a par de uma alimentação equilibrada contribui para a redução do peso excessivo que associado à acumulação de gordura corporal é factor importante no aparecimento de diversas doenças. E como se deve alimentar uma pessoa de mais idade que pratica ou pretende aumentar a actividade física diária?
As regras mais importantes estão relacionadas com o que comer antes, durante e após a actividade física suplementar que pretendem realizar, pois durante o resto do dia bastará seguir as regras gerais para uma alimentação equilibrada.
Assim podemos sugerir 3 princípios base:
Nunca treinar em jejum. Fazer pelo menos uma refeição ligeira 2 a 3 horas antes de qualquer actividade, que pode ser um sumo natural e um pão de mistura com uma fatia fina de queijo ou fiambre.
Nunca iniciar a actividade física sem antes se hidratar convenientemente, em especial se estiver mais calor ou dentro de locais quentes e pouco ventilados. Beber em pequenas quantidades até meia hora antes de iniciar a caminhada ou sessão desportiva utilizando água, infusões ou sumos diluídos até a urina se apresentar abundante e praticamente sem cor. Beber mesmo sem sede e levar água para beber durante ou após o esforço.
Após o esforço, é tempo de repor energia e consumir alguma proteína para maximizar o ganho muscular, em especial nos dias em que trabalhou as actividades de fortalecimento muscular. Nunca espere mais de 45 minutos a 1 hora para comer após a pratica desportiva. Um iogurte líquido e 2 a 3 bolachas ou um pão de mistura com queijo e uma peça de fruta mais uma infusão podem ser uma boa opção ou então... uma sopa e prato de carne ou peixe, no caso de uma refeição principal.
Entretanto, bons treinos e boa alimentação.

domingo, 11 de janeiro de 2009

O Benefício das Fibras na Alimentação

A fibra, um dos componentes dos alimentos vegetais que nos seres humanos não pode ser
digerida pelas secreções gastrointestinais, até á pouco tempo era praticamente ignorada pelos
pesquisadores da área de nutrição e alimentar. Por ser indigerível e de valor nutricional
negligenciável, ela ficava de lado até mesmo na formulação de dietas saudáveis.
Contudo, nos últimos anos este nutriente ganhou importância especial através de observações
epidemiológicas e clínicas que relacionaram a ocorrência de certas enfermidades (doença s
cardiovasculares, cancro do cólon, diabetes....) a dietas pobres em fibras.
Além disso, os mecanismos de acção pelos quais as fibras normalizam a função
gastrointestinal, prevenindo a obstipação (intestino preso), já foram definidos pelos
pesquisadores.
O objectivo deste artigo, portanto, é difundir a importância deste nutriente para nossa saúde,
discutir os recentes avanços no campo das fibras alimentares e consciencializar as pessoas da
importância de se aumentar a ingestão de forma a usufruir de todos os benefícios
proporcionados por ela.
Década de 70 - Início das Pesquisas
O interesse que existe actualmente acerca da relação entre a ingestão da fibra alimentar e o
risco de contrair enfermidades originou-se nas observações de dois médicos ingleses, Dr.
Dennis Burkitt e Dr. Hugh Trowell que trabalharam na década de 70 em estudos em África. Eles
observaram que a dieta dos africanos era baseada em alimentos ricos em fibras (cereais
integrais, verduras, frutas e legumes) e que as doenças gastrointestinais, tais como prisão de
ventre, diverticulite, diverticulose, hemorróides e cancro do cólon eram praticamente
inexistentes. Essas investigações ganharam força também de estudos que demonstraram o
aumento dessas moléstias em países com intenso avanço tecnológico, onde o consumo de
alimentos de origem animal e alimentos refinados superou o consumo dos que eram ricos em
fibras. Nesses países, que inclui, também, Portugal, o avanço das doenças crónico
degenerativas é assustador.
Fibras proporcionam uma redução na incidência do cancro e das doenças
cardiovasculares
Por todos esses motivos, fica cada vez mais claro que o retorno à dieta para a qual estamos
geneticamente adaptados, que consiste em cerca de 85% de alimentos vegetais e apenas 15%
de alimentos de origem animal, reduziria a incidência de muitas enfermidades comuns em
países desenvolvidos. Tal dieta seria inevitavelmente rica em fibra proveniente de grãos
integrais e de produtos à base de farelo, frutas, verduras e leguminosas e, obviamente, seria
muito mais pobre em gorduras. Este tipo de dieta provocaria uma redução significativa na
incidência do cancro e das doenças cardiovasculares que, em conjunto, respondem por cerca
de 70 a 80% das mortes prematuras em sociedades desenvolvidas.
Fibra e a prevenção de doenças
As fibras presentes nos alimentos vegetais podem existir de duas formas: insolúvel ou solúvel.
Embora essas duas fracções actuem no nosso organismo de maneira diferente, ambas trazem
benefícios à nossa saúde.
Grupo Nutrição Celular O beneficio das fibras
A fracção insolúvel é encontrada nos cereais (farelos de um modo geral), hortaliças, frutas
(especialmente nas cascas) e leguminosas. Este tipo de fibra actua principalmente na parte
inferior do nosso intestino (intestino grosso), aumentando o volume fecal e fazendo com que
haja a produção de fezes mais macias. Por isso, elas estão relacionadas à prevenção de prisão
de ventre e de doenças como diverticulite e cancro do cólon.
Os mecanismos pelos quais as fibras insolúveis exercem seus efeitos são simples. Como elas
não são digeridas e nem absorvidas pelo organismo, elas aumentam a quantidade de resíduos
no intestino, o que aumenta o bolo fecal; e como essas fibras têm a capacidade de absorver
água, as fezes ficam mais macias e a movimentação intestinal fica mais facilitada.
A fracção solúvel é encontrada principalmente em alimentos como a aveia, cevada, frutas
cítricas (interior), maçã (casca) e em certas gomas (goma guar, goma acácia, entre outras),
muito utilizadas na indústria de alimentos como espessantes e fontes de fibras. Este tipo de
fibra actua principalmente na parte superior do trato gastro-intestinal, mais especificamente
no estômago e no intestino delgado, onde ocorre a digestão e absorção dos nutrientes. A
acção dessas fibras nesses dois órgãos promove vários efeitos:
· atraso do esvaziamento do estômago (promove saciedade = importante no
tratamento da obesidade)
· atraso da absorção de nutrientes como a glicose (promove menor elevação da taxa
de glicose no sangue = importante no tratamento do diabetes)
· aumento da excreção de ácidos biliares (promove menor absorção do colesterol =
importante no tratamento de doenças cardiovasculares)
12 benefícios do consumo de fibras
Lipidos
· Redução do colesterol total
· Redução do LDL colesterol (mau colesterol)
· Aumento do HDL colesterol (bom colesterol)
· Redução dos trigliceridos
Glicose
· Redução da hiperglicemia (controle do diabetes)
· Aumento da sensibilidade do músculo à insulina
Pressão sanguínea
· Redução da pressão sistólica e distólica
Controle de peso
· Redução da ingestão de energia e gorduras
· Aumento da sensação de saciedade
· Alguma perda da energia consumida
Problemas intestinais
· Alívio da prisão de ventre
· Prevenção de doenças como diverticulite, cancro do cólon e síndrome do intestino irritado.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Três em cada dez pessoas acreditam que o seu peso é inferior ao real.


Três em cada dez pessoas inquiridas num estudo feito por uma empresa de aconselhamento na área da dietética e nutrição acreditam que o seu peso é inferior ao real. São sobretudo os homens que têm uma percepção equivocada do seu peso, cerca de um terço do total dos entrevistados neste inquérito cujos resultados vão ser hoje divulgados em Lisboa.Mas também há muitos indivíduos que estão convencidos de que o seu peso é superior ao real. Isso acontece com 10 por cento dos 392 entrevistados pela empresa Natur House (amostra aleatória de pessoas entre os 18 e os 60 anos residentes em Portugal continental).
Considerando apenas aqueles que já fizeram dieta em algum período das suas vidas, a maior parte (60 por cento) prescindiu de acompanhamento médico e repetiu a experiência três vezes, em média. A duração das dietas não é muito prolongada: quase metade não chega a três meses e a maior parte (66 por cento) não ultrapassa os seis meses.
É quando são confrontadas com uma doença que as pessoas mais facilmente optam por uma dieta, seguindo-se a adolescência e, curiosamente, o período após o casamento como as alturas em que o controlo da ingestão alimentar é mais frequente. Antes do casamento, apenas 1,8 por cento dos inquiridos admite ter decidido fazer uma dieta.
Quanto às prováveis causas que originam a obesidade, 84 por cento dos inquiridos identifica a alimentação descuidada como o principal factor, seguindo-se a vida sedentária e a falta de exercício físico.
Quase todos os entrevistados dizem que procuram ter uma alimentação saudável e equilibrada, nomeadamente controlando o consumo de gorduras e optando por comer legumes, sopa e fruta.
Para além dos cuidados alimentares, metade refere que anda a pé mas apenas 0,8 por cento diz que pratica desporto. Tendo em conta o Índice de Massa Corporal (IMC), a maior parte dos inquiridos (53,1 por cento) apresenta excesso de peso e, destes, 8,7 por cento são obesos.